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A ASCENÇÃO DO ESG COMO FATOR DECISIVO EM FUSÕES E AQUISIÇÕES

  • Foto do escritor: Luis Fernando F. Penteado
    Luis Fernando F. Penteado
  • 4 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Em um cenário empresarial em constante evolução, as considerações ambientais, sociais e de governança (ESG) estão emergindo como elementos cruciais, influenciando decisivamente as fusões e aquisições (M&A) globais. A proposta de aquisição da U.S. Steel pela Nippon Steel, avaliada em 14,1 bilhões de dólares, destaca o potencial acelerado de descarbonização como um "benefício estratégico", ilustrando o crescente papel do ESG nesse contexto.


Quase um quarto dos executivos sêniores de M&A citou as regulamentações de ESG, como requisitos obrigatórios de relatórios, como um dos principais fatores que podem suprimir negócios em 2024. Este dado, proveniente de um relatório sobre tendências e riscos globais de M&A da Norton Rose Fulbright, que entrevistou 200 executivos seniores de grandes corporações, firmas de private equity e bancos no terceiro trimestre de 2023, reflete a dualidade do ESG como impulsionador e inibidor de negócios.


Contudo, um número quase igual de respondentes acredita que a estratégia ESG será o motor mais importante para a atividade de M&A nos Estados Unidos este ano. Esta percepção sublinha a relevância crescente do ESG no cenário das fusões e aquisições, indicando uma mudança paradigmática na forma como as empresas abordam suas estratégias de crescimento e integração.


O debate em torno da oferta de aquisição da U.S. Steel pela Nippon Steel exemplifica a tensão entre os benefícios estratégicos do ESG e os desafios sociais. A fusão propõe uma colaboração focada na descarbonização e na manutenção de relações trabalhistas fortes, elementos essenciais para o sucesso a longo prazo no setor siderúrgico. No entanto, preocupações sociais, como a proteção de empregos domésticos e riscos à segurança nacional, surgiram como obstáculos significativos, destacando o papel dos fatores sociais em tais transações.


Dada a importância crescente das questões de ESG e a implementação faseada de regulamentações relacionadas, as equipes corporativas de M&A são aconselhadas a incorporar uma seção de ESG em seus roteiros para processos, papéis e melhores práticas de M&A. Isso inclui:

  • A adição de mais questões de due diligence de ESG, como o tratamento de reivindicações de assédio ou a mitigação de riscos de tráfico humano.

  • Um sistema para compreender os requisitos de relatórios em várias jurisdições afetadas.

  • Um framework para abordar preocupações de ESG nos 100 dias após o fechamento do negócio.

A atualização e revisão regulares do playbook de ESG são essenciais para garantir a eficácia e a conformidade em um ambiente regulatório em constante mudança.


A integração das considerações de ESG nas estratégias de fusões e aquisições representa uma evolução significativa no mundo corporativo. À medida que as empresas buscam não apenas crescimento econômico, mas também sustentabilidade e responsabilidade social, o ESG emerge como um fator crítico, moldando o futuro das transações corporativas. A proposta de aquisição da U.S. Steel pela Nippon Steel serve como um estudo de caso revelador, evidenciando tanto as oportunidades quanto os desafios que as considerações de ESG apresentam no cenário de M&A.




 
 
 

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